RACISMO

‘Macaca’ e ‘Preta f…’: jovem denuncia injúria racial em supermercado de BH

Adolescente vestia o uniforme da empresa quando recebeu as ofensas de uma colega de trabalho

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Uma adolescente de 17 anos acionou a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) depois de ser chamada de “macaca” e “preta fodida” no supermercado em que trabalha, na tarde dessa terça-feira (10/6). O caso aconteceu em um estabelecimento na Avenida Heráclito Mourão de Miranda, no bairro Serrano, na Região da Pampulha de Belo Horizonte (MG). O caso é registrado como injúria racial.

Conforme o boletim de ocorrência, a adolescente contou que, por volta de 12h, foi ao banheiro destinado a pessoas com deficiência (PCD), próximo ao vestiário, para trocar de roupa e vestir o uniforme da empresa. Neste momento, uma outra funcionária, de 19 anos, olhou pela fresta da porta e ou a xingar.

Segundo ela, a jovem disse: “Essa desgraçada está usando logo esse banheiro, ao invés de usar um banheiro com um tanto de cabine”. A suspeita da agressão verbal trabalha como caixa do mercado e também chamou a adolescente de “preta fodida” e “macaca”, antes de bater a porta com raiva e sair do local, de acordo com o registro policial.

A adolescente ainda relatou aos policiais que ficou em estado de choque e mandou uma mensagem à mãe dela, pedindo ajuda. A mãe foi ao supermercado, procurou o subgerente e a funcionária para esclarecer a situação e a família acionou a polícia.

Uma testemunha relatou que a autora proferiu xingamentos pela “indignação” da vítima usar banheiro coletivo em vez do vestiário, mas não usou termos de conotação racial, apenas de baixo calão. Já outra funcionária contou que o vestiário estava muito cheio e não percebeu confusão.

De acordo com o documento, o subgerente ouviu as versões da vítima, das testemunhas e da autora. À PM, ele contou que a funcionária denunciada afirmou ter procurado o banheiro externo ao vestiário e o encontrou ocupado, mas que não xingou a adolescente. 

O subgerente também afirmou que não há câmeras de segurança no local, por se tratar de um banheiro. A autora foi liberada após o fim do expediente, às 14h. Ela não foi localizada para informar a versão aos policiais. O caso segue sob investigação na 2ª Delegacia de Polícia Noroeste.

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Posicionamento

Em nota, o Supermercado Mart Minas informou que recebeu a denúncia e coopera com as investigações. "O Mart Minas informa que, nesta data, recebeu o relato de uma suposta ocorrência envolvendo duas colaboradoras na unidade localizada no bairro Serrano, em Belo Horizonte, que inclui alegações de cunho racial. A empresa imediatamente iniciou a apuração dos fatos e está colaborando ativamente com as autoridades policiais, a quem compete a condução da investigação", informou.

"O Mart Minas reitera seu compromisso com o respeito à dignidade da pessoa humana e repudia veementemente qualquer forma de discriminação. A empresa mantém políticas institucionais claras de combate ao racismo e à intolerância em todas as suas formas, bem como canais internos para acolhimento, escuta e apuração de denúncias", completou a empresa.

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