Go to Hell: conheça o jogo mineiro com arte ao estilo anos 1920
Produzido em Belo Horizonte, game com visual retrô e crítica afiada aposta em karma negativo e humor ácido pra conquistar os jogadores
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Siga noE se o preço do poder fosse alto demais… você pagaria assim mesmo? É exatamente isso que propõe “Go to Hell”, um game debochado, cheio de estilo e produzido em Belo Horizonte pelo desenvolvedor mineiro Mário Leite. Com cara de desenho antigo e alma de RPG moderno, o jogo brinca com escolhas morais, sarcasmo e dilemas espirituais de um jeito único. No podcast Glitch Clube, Mário conta como saiu do interior de Minas para criar um dos títulos mais originais da cena indie nacional. A conversa te leva por dentro do sistema de karma negativo, mostra por que o visual parece saído de um desenho maluco da velha guarda e ainda revela como Mário mudou de vida aos 30 pra criar esse jogo. Confira:
Durante a conversa com os apresentadores Leo Lima e Maria Dulce, Mário relembrou sua infância na fazenda e o caminho que o levou de um Atari clone ao desenvolvimento indie na capital mineira. “Mesmo na roça, eu cresci com videogame. Depois voltei para BH e fui criando minhas coisas”, contou. O ponto de virada veio ainda na adolescência, com o RPG Maker, ferramenta que despertou sua paixão por criar jogos. Em 2006, chegou a participar da SB Games, evento acadêmico na área de Jogos e Entretenimento Digital, com um projeto de corrida de naves que ficou em segundo lugar. Mas foi só recentemente, em 2022, que tirou “Go to Hell” do papel.
Mário Leite fala sobre o game Go to Hell em entrevista exclusiva no Glitch Clube
O game se destaca por unir gêneros como RPG, ação e plataforma, dentro de um universo visual único, repleto de elementos da cultura brasileira. Protagonizado por Chico Chifrudo, “Go to Hell” apresenta diálogos sarcásticos, referências a músicas nacionais e até a famosa “língua do P”. Uma das principais mecânicas do jogo é a posse de almas, que dá poderes ao jogador, mas diminui seu karma, fator essencial para zerar o game. “É um jogo que mistura diversão com crítica, sem perder a essência de ser uma grande brincadeira”, disse Mário.
Criado com apoio de artistas independentes, o jogo tem trilha sonora jazzística e animações feitas à mão. Mário faz questão de valorizar a produção local e se orgulha de criar em Belo Horizonte. “A maior satisfação é ver a galera jogando e se divertindo”, afirmou. “Go to Hell” será lançado ainda em 2025 na Steam, com atualizações frequentes do desenvolvimento em seu canal do YouTube e no Instagram oficial. A entrevista completa pode ser conferida no episódio desta semana do Glitch Clube, disponível no Spotify e no canal do Portal Uai.
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Com episódios semanais, o Glitch Clube busca discutir temas relevantes do universo dos jogos, abordando desde tendências do mercado até o impacto cultural e social dos games. O podcast está disponível no canal do YouTube do Portal Uai e no Spotify, além dos melhores momentos e bastidores no Instagram.
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