Gil do Vigor critica aumento de impostos: 'Desesperados por arrecadação?'
Gil do Vigor disse que fim da isenção do LCI e do LCA podem impactar no bolso dos pequenos investidores: 'Como se não bastasse imposto em cima de imposto'
compartilhe
Siga noO economista e ex-participante do Big Brother Brasil (BBB) Gil do Vigor criticou o novo pacote de medidas tributárias apresentado pelo governo federal. A proposta, encabeçada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), prevê a tributação de 5% sobre rendimentos de Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA), que atualmente são isentas de Imposto de Renda.
- Ex-ministro se irrita com o próprio advogado: 'Não combinou comigo'
- 'O horário do almoço está longe', brinca Moraes com advogado de Heleno
Mesmo aliado do governo Lula (PT), Gil classificou a iniciativa como sinal de “desespero por arrecadação” e alertou para os impactos da medida no bolso dos pequenos investidores.
“Como se não bastasse imposto em cima de imposto, agora vem mais um. Algumas categorias de investimento que antes eram isentas de IR, como LCI e LCA, agora o governo quer tributar”, afirmou em vídeo publicado nas redes sociais na última segunda-feira (9/6).
Leia Mais
De acordo com levantamento citado pelo economista, a proposta deve gerar uma arrecadação adicional de cerca de R$ 18 bilhões aos cofres públicos. Gil ponderou que entende a necessidade de políticas públicas e redistribuição de renda, mas cobrou eficiência da gestão federal. “Isso é maravilhoso para o governo, claro. Só que o Brasil precisa mesmo de tanta arrecadação assim? Estão desesperados assim por arrecadação? E tem que ser do povo que está pagando?”, questionou.
O economista demonstrou preocupação com os reflexos da medida no cotidiano da população. “Vai te afetar quando for comprar tua feira, tua cesta básica. O bolso vai sentir. Imagina a indignação de alguém que juntou dinheiro o mês inteiro pra investir e, quando vai aplicar, tem que pagar imposto em cima do rendimento”, lamentou.
Gil ainda reforçou que entende as dificuldades fiscais do país, mas defendeu responsabilidade istrativa como caminho para evitar a ampliação da carga tributária sobre os brasileiros. “Não estou dizendo que o governo é ineficiente. Sabemos que existem dívidas que precisam ser pagas. Mas eficiência também é saber fazer muito com pouco. É possível fazer uma gestão mais equilibrada”, concluiu.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia
O pacote tributário foi apresentado pelo Ministério da Fazenda como alternativa à elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), duramente criticada por parlamentares. Agora, o governo tenta encontrar saídas que atendam ao Congresso e mantenham a meta de equilíbrio fiscal.