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Café fake: produto viraliza na web e especialista dá dicas na escolha do pó

Mistura para bebida com sabor de café imita produto, mas possui impurezas e pode ser prejudicial à saúde; entenda

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A imagem de um “café fake” está viralizando nas redes sociais. O produto, similar ao original, se trata de uma mistura para bebida com sabor de café, mas especialistas alertam para o risco à saúde que pode causar. Ao lado dos pacotes de café nas prateleiras do mercado e com um preço mais em conta, consumidores desavisados podem não entender a diferença entre os itens.

No X, antigo Twitter, internautas se mostraram surpresos com a inserção do “café fake” no mercado e reclamaram do preço do produto original. O preço do café, que registra altas históricas, deve continuar pressionado no mínimo até o fim do primeiro semestre deste ano. Com o aumento, algumas pessoas optam por itens mais baratos, mas que podem custar caro à saúde.

Segundo a Cafeicultura da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater), o “café fake” foi encontrado em prateleiras de São Paulo e da Região Sul do país e não possui o devido registro para venda. Isso porque, apresentam muitas impurezas, disfarçadas de torras escuras.

Outro assunto comentado no X foi o café da marca "Melissa", com embalagem semelhante ao café "Melitta". As cores e o design do pacote são similares ao da marca que vende café.

O coordenador técnico da Emater, Bernardino Cangussú Guimarães, ensina como se prevenir. Para começar, o consumidor deve ter atenção com as informações na embalagem: “pacote de café que tiver no rótulo algo além de café, tem algum tipo de mistura que não é benéfica”, alerta.

Outro ponto de atenção é o valor. Guimarães diz que é preciso tomar cuidado com produtos com o valor muito abaixo do praticado no mercado. O preço médio de um pacote de café de 500 gramas está custando, em média, R$ 30, enquanto o “café fake” tem saído por menos da metade. Os cuidados na escolha do café incluem o preparo correto da bebida, para otimizar o uso do pó e extrair o maior sabor possível dos grãos. Confira outras dicas:

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  • Tenha um moedor. O café em grão conserva o sabor e não tem impurezas. “Um moedor caseiro vai mudar completamente o sabor do seu café”, aconselha Bernardino Guimarães;
  • Prefira torras mais claras. A torra muito forte e escura está queimada. Além do sabor amargo forte, esse tipo de torra também disfarça impurezas;
    Acerte na medida do pó. O excesso deixa a bebida amarga e disfarça impurezas. A medida ideal, conforme o coordenador da Emater, é sete gramas (cerca de uma colher de sopa rasa) por 100 ml de água;
  • “O maior consumidor de café é a pia” - evite o desperdício! Faça somente a quantidade que for consumir dentro de algumas horas. O café na garrafa, principalmente aquele que é adoçado no preparo, costuma fermentar e mudar de sabor;
  • Adoce o café somente na xícara, para evitar fermentação e desperdício;
  • Prefira produtos com selos ou certificados, o que já é uma boa referência para um produto de qualidade

Segundo a Associação Brasileira de Indústria de Café (Abic), a legislação nacional sanitária e de defesa agropecuária proíbe, com punição de multa e apreensão, a oferta direta ao consumidor de café misturado com resíduos agrícolas, matérias estranhas e impurezas como cascas, palha, folhas, paus ou qualquer parte da planta exceto a semente do café.

A Abic informou que o aumento do preço do café no Brasil fez com que o número de empresas clandestinas que oferecem misturas impróprias para consumo humano, a baixo custo, aumentasse. Conforme a associação, algumas empresas tentam burlar a legislação inserindo a mistura de impurezas no café em outras categorias de alimentos, mantendo a identidade visual parecida com o café verdadeiro. A Abic nomeou o item como “Café Fake / CaFake”, pois se aparece com o café, mas não é.

Em nota, a Abic disse que tem alertado supermercados sobre a irregularidade do "café fake" e recomenda que as pessoas não consumam o produto, diante de risco à saúde. De acordo com a associação, ela e outros órgãos de defesa agropecuária, vigilância sanitária e proteção ao consumidor estão tomando providências cabíveis contra o produto.

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